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Aproveitando o dia da independência para refletir sobre nossas opções.
Uma amizade real não é necessariamente melhor do que uma virtual.
Mas é preciso tomar cuidado com certas coisas.
Obvia ou subliminarmente inspirado nisso!
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Aproveitando o dia da independência para refletir sobre nossas opções.
Uma amizade real não é necessariamente melhor do que uma virtual.
Mas é preciso tomar cuidado com certas coisas.
Obvia ou subliminarmente inspirado nisso!
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O texto abaixo é do Luli Radfahrer e saiu na folha hoje. Mas eu assino embaixo.
Esse cara é, entre outras coisas, autor de um dos melhores livros que já li: a arte da guerra para quem mexeu no queijo do pai rico. Recomendo muito fortemente. Sempre me valeu a pena ler o que ele escreveu.
Todo mundo consegue perceber as mudanças. Só que a maioria só percebe na pele, quando sofre as consequências, de forma involuntária. São poucas as pessoas que conseguem perceber interagindo, se adaptando e tirando proveito da situação.
E, obviamente, a escola, por ser feita por pessoas, vai levando. Do jeito que dá. Se esforçando ao máximo para mudar o mímino. Tentando resolver os problemas novos com as ferramentas antigas.
Isso em todos os níveis. Assim, tanto a escola básica quanto os MBAs preparam igualmente bem as pessoas para o mercado de trabalho… do século 19!
Por que será que eu sempre lembro dessa música?
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Sou escritor e consultor. Professor, só duas vezes por semana. Por isso posso dar-me ao luxo de ter uma agenda flexível: trabalho em casa, fujo do trânsito, entro em contato com a maioria das pessoas com quem convivo via telefone e internet. Nada me impede de largar tudo e ir para a praia no exato momento em que você lê este artigo em sua mesa de trabalho. Só não o faço porque, como todo mundo, aceito mais demandas do que seria humano atender.
Com a digitalização dos processos, cada vez mais profissionais têm regimes de trabalho como o meu, com reuniões em cafés e um código de vestimenta sem considerações mais profundas do que se uma peça de roupa está limpa, inteira e razoavelmente desamassada. A vida tecnológica tem, muitas vezes, a aparência desleixada da de um estudante universitário.
A maioria das escolas, no entanto, ainda parece qualificar o profissional do século 19. As que frequentei, por exemplo, me prepararam para um mundo muito diferente. Comparadas com a rotina que levo hoje, eram quase paramilitares. Se diziam “progressivas”, mas tinham códigos de vestimenta, horários rígidos, filas, contagens e chamadas. Avaliações aleatórias, sem direito a consulta, eram a norma. Como também o eram os trabalhos individuais, o preenchimento de relatórios e formulários para a realização de qualquer tipo de atividade, as punições morais na forma de notas e as restrições de circulação.
Mas o pior eram o que chamavam de “aulas”: aquelas longas sessões em que informações desconexas eram impostas por autocratas entediados a uma audiência trancafiada e imóvel, sem poder de voto, argumentação ou debate, que tinha que decorar nomes de organelas, fórmulas de mecânica, sistemas políticos gregos e reações de oxidação, mesmo que mostrasse vocação para o jornalismo ou eletrônica.
Não é preciso dizer que telefones celulares, YouTube e mídias sociais, se existissem na época, certamente seriam proibidos, sob a justificativa de atrapalharem a “didática”. O sistema, enfim, era mais claro em suas restrições –de movimento, de expressão e de atividade– do que em suas propostas. Se é que existia alguma proposta além de passar em um tal de exame vestibular para profissões hoje extintas.
As escolas de hoje são, é claro, diferentes. Mas não muito. Não sou pedagogo, mas me parece inadequado chamar de “educação” um sistema que desperdiça vários anos em um curso preparatório para uma única prova. E que, mesmo depois do obstáculo ser transposto, se perpetua pelos anos de faculdade, em nome da “adequação para o mercado de trabalho”. Que trabalho ainda demanda um comportamento de decorebas e isolamento?
É duro admitir, mas a maioria das crianças e adultos ainda vêm sendo adestrados segundo padrões do século 19. Qualquer profissional adaptado ao mercado contemporâneo sabe que o aprendizado é um processo contínuo, infinito e prazeroso. Ou pelo menos deveria sê-lo. Não surpreende que a maioria dos que se sentem adaptados sejam autodidatas. Ou que não tenham aprendido quase nada do que praticam em sala de aula.
Tampouco surpreende ouvir de profissionais bem-sucedidos que a faculdade mais os atrapalhou do que ajudou. Ou de tantos estudantes comentarem abertamente que seu maior objetivo é sair da escola rápido para começar a trabalhar logo de uma vez. Mesmo que depois voltem a ela em busca de novos certificados e mestrados, como se o conhecimento fosse finito e pudesse ser encapsulado, enclausurado… e esquecido.
É preciso rever a forma com que é ensinado, avaliado e cobrado o que se mostra nas escolas. Qualquer nerd ou gamer sabe muito bem que, quando o desafio é fascinante e socialmente reconhecido, os professores são reverenciados e os certificados, quase acessórios.
Minha irmazinha me mandou esse vídeo muito bacana com o Jarbas Agnelli explicando a brilhante idéia que ele teve. Foi fácil encontrar no youtube a versão “oficial” que ele fez.
E de quebra ele mandou mais uma grande reflexão que salvará a humanidade:
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(Esse vídeo me lembrou aquele da Pixar. Só que é muito mais legal)
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Mestre Frank Zappa.